O Pronto-Socorro do Hospital Universitário de Santa Maria (Husm) recomeçou, desde a segunda-feira, o sistema de classificação de risco de pacientes. Os critérios, que seguem o Protocolo de Manchester, classificam, por meio de cores, a gravidade de cada caso. Logo que o paciente chega ao local, ele passa pelo serviço de acolhimento, que é feito por profissionais da enfermagem. De acordo com os sintomas relatados pelo paciente, ele é classificado com determinada cor.
O tempo máximo de espera varia conforme a cor. O vermelho, por exemplo, é para casos de emergência que não podem aguardar. O laranja, muito urgente, determina até 10 minutos de espera. O amarelo, até uma hora. O pouco urgente e o não urgente, classificados pelas cores verde e azul, respectivamente, podem esperar de duas até quatro horas por atendimento.
Na tarde desta terça-feira, o mecânico Eraldo Ramos, 44 anos, foi até o local por causa de uma dor nos rins. Ele foi classificado com a cor amarela e aprovou o sistema:
- Foi bem rápido até ser atendido - elogiou o mecânico.
A coordenadora do Pronto-Socorro do Husm, Rosângela Marques Machado, esclarece que a classificação deve funcionar durante 24 horas por dia. O principal objetivo é identificar aqueles pacientes que precisam ter prioridade no atendimento.
- Acabou aquela história de um paciente se sentir mal enquanto espera - diz Rosângela.
A proposta é uma sugestão do Conselho Federal de Medicina de que os locais que ofereçam atendimento de urgência e emergência adotem a classificação. O Husm chegou a ter o serviço antes, mas, por causa da falta de profissionais, ele havia sido interrompido. Na segunda-feira, primeiro dia de retomada do sistema, cerca de 40 pessoas foram atendidas conforme as cores.